Walcyr Carrasco
Certa vez liguei para a central de atendimento da TV Globo reclamando sobre uma novela. Assim a emissora carioca respondeu-me através de e-mail:
“Agradecemos sua mensagem e informamos que suas considerações serão encaminhadas à equipe da novela.
Ressaltamos que novelas são obras de ficção, sem compromisso com a realidade. A Rede Globo não interfere no trabalho dos autores, nem orienta o conteúdo de suas obras. Como era de se esperar numa sociedade livre e numa empresa com nossa visibilidade, eles têm liberdade de criar e dar rumo aos seus personagens conforme sua vontade.
Cordialmente Rede Globo – A gente se vê por aqui.”
Muita coincidência os temas abordados nestas “obras de ficção” estarem sempre em debate nos programas jornalísticos da casa. Há uma retro-alimentação de temas. Os da vez são apologia ao aborto e massificação da cultura homossexual como modelo de nova família.
“Profecia” se cumpriu.
Praticamente todas as novelas da casa possui um par de gays ou mais. Enquanto os héteros, nos folhetins globais, findam seus casamentos, uma instituição passada como obsoleta e retrógrada,os homossexuais casam-se, assim como desejam na vida real. O passo seguinte da mensagem transmitida às massas é a adoção por pares gays. Quem se encarregou de escrever o argumento foi Walcyr Carrasco.
Mas Carrasco, que pode ser considerado um generalista, pois tem uma palavra sobre tudo, também quis fazer apologia ao aborto na sua obra. Enfiou uma cena através da qual reduz a questão do aborto a um problema religioso. O caso foi ao ar no capítulo desta quinta-feira.
Vou reproduzir o texto que vi no Facebook da radialista Aline que Cordeiro que, além de esboçar a cena, emite sua opinião contra a proposta do noveleiro.
“Cheguei da faculdade e dei de ‘cara’ com uma cena ridícula da novela ‘Amor à Vida’. Uma mulher morta porque fez aborto clandestino e o médico se recusou a atendê-la. O diretor do hospital foi questioná-lo o porquê da recusa. Eis que ele responde: “Não vou atender uma mulher que mata seu próprio filho” , o diretor rebate: mas você não pode recusar-se atender uma vida. O médico então falou: eu não vou atender a uma pecadora. QUE RIDÍCULO GLOBO você deturpando a verdade.Quer que a gente acredite que a defesa da vida é uma questão religiosa, não apenas, a defesa da vida é questão de inteligência, ora, se o primeiro órgão da criança é o coração e cientificamente é comprovado que a vida começa desde a concepção, por que seria apenas uma questão religiosa?!”
Jornalistas criticaram cena.
Mas a história dessa personagem que morreu é bem enrolada, está dentro do núcleo de dois homens gays que pretendem adotar uma criança. A adoção gay, como já falei, trata-se de outra bandeira da novela, não sei se da emissora. Ao que parece, sim. Há poucas semanas um programa de muito respaldo na casa apresentou reportagem especial sobre “as novas famílias”. E adivinha quem figurava entre as novas constituições ? Claro,dois homens que se uniram e adotaram uma criança.
No final da reportagem observa-se com clareza a confusão que a criança adotada faz na hora de responder à pergunta da repórter sobre quantos pais tem. “Não tem mãe, não?”, indaga a criança que é estimulada pelos dois a dizer que tem o pai 1 e o pai 2. Se há violência maior, digam-me por favor.
Assista à cena da entrevista quando criança fica confusa
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=TKkQMK5WZ9M
Comento o extremo cinismo na resposta da Central de Atendimento da Globo, em resposta à sua reclamação.
Muito fácil falar de “sociedade livre”, que não interfere nas obras dos autores.
Queria ver se um desses autores, por algum miraculoso despeito, incluisse uma crítica à própria rede de tv, se ela manteria a alegada (e mentirosa) neutralidade.
Realmente insuportavel a afronta gay. A vida corre perigo diante da insanidade homosexual. Acorda Mundo!