1. Jesus deu este poder aos Apóstolos
“Recebam o Espírito Santo: àqueles a quem perdoares os pecados, estes serão perdoados; àqueles a quem retiveres [os pecados], [estes] serão retidos” (João 20,22-23).
“Tudo o que ligares na terra será ligado no céu e tudo o que desligares na terra será desligado no céu” (Mateus 18,18).
Estas passagens se encontram em todas as Bíblias do mundo, inclusive naquelas usadas por nossos irmãos separados. Portanto, a Igreja não inventou este sacramento e nem a Bíblia o proíbe, pois quem o instituiu foi Jesus Cristo.
Nosso Senhor é muito claro. Aqui está falando do “poder” de perdoar e de não perdoar os pecados. Não está falando para que nos perdoemos quando tivermos ofendido, mas que “alguns” – os Apóstolos e seus sucessores – têm o poder de perdoar os pecados. Lógico que Jesus Cristo sabia que eles eram homens pecadores e ainda assim lhes conferiu este poder. Os bispos são sucessores dos Apóstolos e os sacerdotes seus colaboradores.
Quando as seitas usam a passagem de Jeremias 17 para dizer que é errado confiar em um homem, cometem o erro de não ler o versículo completo, que diz: “…e que afasta o seu coração de Javé”. Isto é o que a Bíblia proíbe. Neste caso, a confissão não é para nos afastarmos de Deus; muito pelo contrário, é para nos aproximar e nos unir mais a Ele. Esta passagem fora de contexto é, sem dúvida, mais um pretexto das seitas.
2. Prática da Confissão na Bíblia
Veja agora como este sacramento foi entendido nos primeiros anos de vida da Igreja:
“Muitos dos que haviam crido vinham confessar tudo o que tinham feito“ (Atos 19,18).
Acabamos de ler na Bíblia esta passagem que diz que quando essas pessoas creram, o que fizeram foi “ir confessar” os seus pecados. A Sagrada Escritura diz “vinham”, fala em mover-se de um lugar para outro. Para onde foram? Por que foram para outro lugar e não diretamente com Deus?
A resposta é muito simples. Eles foram buscar aos Apóstolos. Aí confessavam as suas faltas. Isto é o que faziam os cristãos verdadeiros daquele tempo e o que os católicos continuam fazendo até hoje.
Ademais, a Bíblia nos fala sobre confessar a outro (ao sacerdote) as nossas faltas:
“Confessem os seus pecados uns aos outros” (Tiago 5,14-16).
É uma ordem (note-se a forma imperativa). Não é uma opção. As seitas afirmam tanto que se baseiam na Bíblia e não enxergam com clareza estas passagens bíblicas. Mas há solução para se entender isto: que os irmãos separados passem a ler a Bíblia e a aceitar tal como é.
3. Prova histórica deste Sacramento
Abaixo, alguns exemplos de como este sacramento sempre foi celebrado na História da Igreja:
“Confessar-se na Igreja antes de receber o corpo de Cristo” (Didaqué; ano 70).
“…declarando o seu pecado ao sacerdote do Senhor” (Orígenes; ano 244).
“Água e lágrimas não faltam na Igreja: a água do batismo e as lágrimas da penitência (=confissão)” (Santo Ambrósio, ano 395).
“Que ninguém diga: cumpro a penitência secretamente diante de Deus. Acaso foi dito sem motivo: ‘O que desatares na terra será desatado no céu’?” (Santo Agostinho; ano 430).
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