VI. Órgão e Instrumentos
14. Posto que a música própria da Igreja é a música meramente vocal, contudo também se permite a música com acompanhamento de órgão. Nalgum caso particular, com as convenientes cautelas, poderão admitir-se outros instrumentos, conforme as prescrições do “Caeremoniale Episcoporum”.
15. Como o canto tem de ouvir-se sempre, o órgão e os instrumentos devem simplesmente sustentá-lo, e nunca encobri-lo.
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16. Não é permitido antepor ao canto extensos prelúdios, ou interrompê-lo com peças de interlúdios.
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17. O som do órgão, nos acompanhamentos do canto, nos prelúdios, interlúdios e outras passagens semelhantes, não só deve ser de harmonia com a própria natureza de tal instrumento, isto é, grave, mas deve ainda participar de todas as qualidades que tem a verdadeira música sacra, acima mencionadas.
18. É proibido, na Igreja, o uso do piano bem como o de instrumentos fragorosos, o tambor, o bombo, os pratos, as campainhas e semelhantes.
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20. Nas procissões, fora da igreja, pode o Ordinário permitir a banda musical, uma vez que não se executem composições profanas. Seria para desejar que a banda se restringisse a acompanhar algum cântico espiritual, em latim ou vulgar, proposto pelos cantores ou pias congregações que tomam parte na procissão.
Desafiando todos os modernistas, declarou o Beato João Paulo II que o ponto de referência teologal para a Missa continua sendo o Concílio de Trento. (João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia, no 9).
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Esta declaração do Beato João Paulo II, nessa encíclica, terá imensas consequências doutrinárias. É toda a concepção modernista de uma igreja evolutiva que rui por terra. Porque se Trento deve ser a referência doutrinária da teologia da Missa, adeus a doutrina que se repetia — ‘ad nauseam’ — que o Vaticano II superara e anulara o que fora ensinado nos Concílios infalíveis anteriores. Declarar que Trento continua em vigor, depois de quatrocentos anos.
Se a Missa é a renovação do sacrifício do Calvário, fica impossível manter o rock, a cuíca, o pandeiro, o reco-reco, bateria, e ate ‘DJ’s na renovação do sacrifício da cruz. Toda a noção de missas-festinhas, Missas shows desmorona.
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Na encíclica Ecclesia de Eucharistia, o Papa condena uma série de abusos que foram introduzidos na Missa, hoje em dia. Entre esses abusos o Papa enumera:
1- O abandono do culto eucarístico;
2- A perda do sentido de sacrifício, na Missa, transformada em encontro amistoso;
3- Perda da noção da necessidade do sacerdote;
4- Abusos ecumênicos.
5- A ideia de que o Padre, por sua criatividade, pode desrespeitar as rubricas impostas pela Igreja, quando quiser;
6- A ideia falsa de quem celebra a Missa é a comunidade, e não o sacerdote;
7- Abusos ao dar a comunhão a pecadores públicos, como, por exemplo a pessoas amansiadas
8- Abusos ao dar a comunhão a hereges
9- Abusos em matéria arquitetônica, construindo igrejas que mais parecem salões de festa do que um templo sagrado;
10- Abusos em matéria musical, adotando músicas profanas, impróprias para acompanhar as cerimônias sagradas. Neste campo, o Papa volta a recomendar que se volte a adotar a música gregoriana, na Missa.
11- O abuso de ensinar que se pode dar a comunhão a quem sabe que está em pecado mortal, e sem ter se confessado.
12- O abuso de realizar concelebrações com hereges.
(Cfr. João Paulo II, Ecclesai de Eucharistia, nos 10 – 29 – 37 – 38 — 44- 47- 49 – 52-53).
E então carismáticos, a RCC obedece ao Papa como costumam dizer?
Será que a RCC já expulsou suas bandinhas com musiquinhas profanas, para dar lugar ao Canto da Igreja Catolica: O Gregoriano?
E olhe que foi citado a Encíclica do Papa João Paulo II, e não de nenhum outro Papa já “antigo e ultrapassado”.
Ou já estaria João Paulo II ultrapassado também?
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