No debate com protestantes existe uma insistência muito grande por parte deles contra os ensinamentos que não provêm diretamente e explicitamente da Bíblia. O grande paladino contra o Calvinismo deixa bem claro que existe mais de uma regra de fé e não somente as Sagradas Escrituras: “Há então oito regras de fé: as Escrituras, a Tradição, a Igreja, os Concílios, os Padres, o Papa, os milagres e a razão natural” (São Francisco de Sales).
Diante destas regras de fé fica evidente que existem várias fontes, além da palavra pessoalmente e sonoramente dita por Jesus, às quais devemos obediência.
Quando um protestante pergunta: “Onde Jesus disse isso?” e rejeita as demais regras da fé, ele na verdade está indo contra a própria Sagrada Escritura. Com um estudo sério e honesto podemos ler na Bíblia que os discípulos não seguiam somente as decisões de Jesus, mas também a dos apóstolos (simples homens):
“Nas cidades pelas quais passavam, ensinavam que observassem as decisões que haviam sido tomadas pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém. Assim as igrejas eram confirmadas na fé, e cresciam em número dia a dia.” (At. 16, 4s).
Não vou me deter sobre a ação do Espírito Santo através dos homens, porém aqui já vemos que rejeitar as demais regras de fé, expostas por São Francisco de Sales, seria rejeitar e contradizer uma parte das próprias Escrituras. Porém o problema se torna muito mais sério com o que Jesus pessoalmente disse aos 72 discípulos:
“Quem vos ouve, a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou.” (Lc 16, 10).
Rejeitar o ensinamento de um só discípulos seria rejeitar o próprio Cristo e consequentemente o próprio Deus. Amordaçar o Cristo que fala em seus discípulos e na sua Igreja seria amordaçar o próprio Cristo.
Se a rejeição de um único discípulo é rejeitar o próprio Cristo em pessoa, imagina como não é grande a rejeição por Cristo feita pelos protestantes que rejeitam uma multidão de discípulos, inocentes, mártires, patriarcas, profetas, pontífices, confessores, doutores, sacerdotes, monges, eremitas, virgens, viúvas e famílias que nos precederam.
É certo que os protestantes não o fazem nesta má intenção mas por ignorância (eles não são demônios, mas filhos de Deus que anseiam pela Verdade e precisam de orientação), porém isso não os exime, neste caso, da obrigação de um estudo sério e honesto da Bíblia, do que ensinavam seus tradutores e também os discípulos pelos menos até os anos 300 (onde não se tinha sequer uma noção do cânon bíblico, ou seja, não existia Bíblia).
Interessante saber que rejeitar estes discípulos católicos é rejeitar inclusive a própria Sagrada Escritura, pois a mesma foi traduzida por discípulos de Jesus da Igreja Católica.
Como o Sagrado Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria estariam em festa se os protestantes se atessem à letra das Escrituras e seguissem o que o próprio Jesus ensinou! Que grande alegria, que grande consolação! A Jesus seria dada maior glória e ele seria mais admirado e conhecido por todos os povos!
Venham ovelhas desgarradas, corram ao seu Cristo, que tanto buscam, para desfrutar do leite e mel da salvação e da fonte de Água Viva que jorra por Jesus através da Igreja Católica!
Por: Murilo Esteves Frizanco.
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