“Quanto a mim, não pretendo jamais, gloriar-me, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gl 6,14).
Fazer o sinal da cruz é, antes de tudo, uma manifestação do cristão que, a exemplo de São Paulo, se gloria da cruz de Cristo, uma forma de demonstração do amor e da participação no sacrifício do Salvador, uma maneira de pregar a importância da mesma cruz como meio de salvação.
Fazer o sinal da Cruz com água benta ao entrar ou ao sair da igreja, nos cerimoniais litúrgicos, nas nossas casas e em qualquer circunstância é um ato de relembrar o nosso batismo, invocando as três pessoas da Santíssima Trindade. É um ato que diz respeito a, relembrando o nosso batismo, professar a fé nas suas promessas e assumir cada vez mais os compromissos dele decorrentes.
Fazer o sinal da cruz junto com o sacerdote no início e no término da Missa e dos demais cerimoniais da Igreja, bem como durante as nossas orações diárias, é uma manifestação de que tudo o que fazemos, o fazemos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Fazer o sinal da cruz quando o sacerdote diz “Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós…” faz parte do rito penitencial. Na celebração da Eucaristia e em outras celebrações, esta oração do sacerdote é um rito de absolvição dos pecados. O gesto do sacerdote neste caso, é o mesmo que acontece no confissionário, e o sinal da cruz que alí fazemos é a confirmação do nosso sim, do nosso amém a bênção que nos etá sendo dada.
O rito de aspersão é sempre uma recordação do nosso batismo, como também é alusivo ao perdão dos nossos pecados: “Limpa-me do pecado com hissopo, lava-me até eu ficar mais branco do que a neve”. Novamente, o sinal da cruz é a nossa resposta a Deus, o nosso sim, o nosso amém.
O sinal da cruz na conclusão do credo, de outras orações e imediatamente após a comunhão, embora não seja um elemento próprio da liturgia, acontece por iniciativa própria. Trata-se de uma manifestação da fé que alguem o fez pela primeira vez e que as pessoas foram aprendendo umas das outras, de maneira que em muitos lugares se tornou uma tradição.
O persignar-se, com o polegar na cabeça, nos lábios e no coração quando o ministro anuncia o evangelho, é um momento de consagração da nossa mente, da nossa boca e do nosso coração, para que a nossa mente possa assimilar as Sagradas Palavras, para que o nosso coração se plenifique destas mesmas Palavras, e para que a nossa bocapossa falar abertamente daquilo que o nosso coração está plenificado.
Em todos estes momentos, o sinal da cruz é sempre uma forma de gloriarmo-nos na cruz de Nosso Senhor.
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