Atualmente vivemos submersos em uma sociedade em que há incontáveis quantidades de senhores. Falamos dos soberanos de empresas religiosas aqui e dos dominadores das consciências acolá. E assim, determinadas realidades vão sendo construídas nas quais as pessoas valem mais por aquilo que produzem e fazem do que pelo que são de fato. Na civilização do mercado, evidencia-se o detrimento constante em relação à verdade mais profunda do ser humano: sua dignidade, seus valores, sua história. No entanto, a tradição ultramoderna faz com que a pessoa seja deixada de lado, para que a primazia do poder possa se elevar sobre toda e qualquer realidade existencial importante. Quantas mentes são manipuladas pela chamada teologia da prosperidade, e, deste modo, vamos construindo uma cultura de títulos, em que até mesmo o título passa a denominar quem é a pessoa humana em sua totalidade? Conseqüentemente, para estes últimos, perder um título é perder uma identidade. Não possuir mais o título adquirido é permitir o esmaecimento da própria história. Sem título não há pessoa, é o que prega o atual sistema sociocultural e também neopentecostal, que somos convidados a transformar mediante a escola evangélica do serviço livre e desinteressado de Jesus de Nazaré.
Neste sentido, podemos falar do título primordial de Jesus como contestação a um conjunto de verdades inventadas pela lei do mercado neoliberal. Para tal, é a comunidade primitiva dos cristãos que nos orienta na proclamação de que Jesus é o único Senhor! Destarte, proclamar o senhorio de Jesus é, ao mesmo tempo, reconhecer sua condição divina emanada das trilhas históricas de Nazaré e, por conseguinte, entremostrar sua dimensão de serviço testemunhada no lava-pés. A partir de então, o Senhorio de Jesus torna-se uma verdade de fé, testemunhada até mesmo com o sangue dos mártires. Estes últimos entregavam a vida por não aceitarem o senhorio de outras divindades pagãs e muito menos do Imperador Romano. É nesta comunidade de fé que o Senhor se faz presente de modo místico e corpóreo em cada um dos fiéis.
No Senhorio de Jesus, a Igreja se faz povo novo e resgatado. A verdade de fé que imprime a marca indelével da comunidade cristã é a que todos os batizados são povo de Deus. O laicato, os religiosos, as religiosas, os bispos, os metropolitas, o colégio cardinalício e o Sumo Pontífice são povo de Deus, com ministérios diferentes, pois todos pertencem ao mesmo Senhor. Pela consagração batismal todos ensinam, todos governam, todos santificam, todos têm a responsabilidade de organizar a comunidade eclesial e, por fim, todos são separados e reservados para a missão específica da Igreja. Toda a vida cristã está fundamentada no Batismo. Por meio dele, somos incorporados à vida do Senhor. Pelo batismo formamos a comunidade de fé capaz de comungar de uma mesma carne e de um mesmo sangue para formar um só corpo. Justamente por isso que a Igreja pode ser chamada de escola de irmãos em que o poder ou o senhorio se transforma em serviço livre e desinteressado, tendo Jesus como o modelo Daquele que tirou o manto, “símbolo do poder”, cingiu a cintura para lavar e beijar com o próprio ser a história salvífica de seus discípulos e discípulas. Falaríamos hoje de beijar os pés de toda a humanidade sofrida e dilacerada pelo pecado social.
De fato, perde-se muito quando o Senhorio deixa de ser atribuído a Jesus de Nazaré e passa a ser associado a determinadas empresas religiosas, intituladas “igrejas” ou, então, a alguns membros destas instituições. Vale ainda ressaltar que, ao utilizar o Senhorio de Cristo como forma de alienação, estamos usurpando sua história. Evangelho que prega vida fácil, que fala de prosperidade o tempo todo não é Evangelho de Jesus Cristo. O Senhorio redentor nos faz assumir uma nova visão de Deus, na categoria de quem desce dos céus para nos encontrar, que vem do atemporal para o temporal, que surge do infinito para redimir o finito humano. Também nos faz descobrir um novo rosto de Igreja Católica, na qual os cristãos vão se apresentando como servos e não na condição de senhores. Por fim, o Senhorio nos faz compreender as novas e futuras relações na comunidade de fé e na sociedade em vista da implantação cotidiana do Reino de Deus.
OS SANTOS E BEATOS CATÓLICOS,, O CONCÍLIO DE TRENTO, E, ESPECIALMENTE JESUS CRISTO PULVERIZANDO A DOUTRINA DE PAULO CRISTIANO DO CACP
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Paulo Cristiano do CACP sobre a Eucaristia:
“A tradição da Igreja Católica, além de tropeçar nas metáforas e figuras da Bíblia na questão da eucaristia, que por si mesma já é uma aberração teológica, consegue embutir nela mais algumas heresias, como a ministração de apenas um só dos elementos aos fiéis — a hóstia.” Artigo disponível em 04/03/2015: http://www.cacp.org.br/a-transubstanciacao/
Nossos comentários:
Os “literais” que cobram na Bíblia o purgatório, o batismo infantil e a assunção de Maria, não são tão literais assim quando se trata da Eucaristia.
Palavra do Senhor:
“Eu sou o pão da vida.
Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram.
Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra.
Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.”
João 6:48-51
Perguntavam os incrédulos ontem, e, ainda hoje perguntam: “Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como nos pode dar este a sua carne a comer?” João 6: 52
Jesus lhes disse: “Eu lhes digo a verdade: Se vocês não comerem a carne do Filho do homem e não beberem o seu sangue, não terão vida em si mesmos. Todo o que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Todo o que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.” João 6:53-56
E o que dizem os santos e beatos sobre esta doutrina ensinada por Nosso Senhor Jesus Cristo e a qual o Sr.Paulo Cristiano chama de heresia:
Santo Tomás de Aquino: “O martírio não é nada em comparação com a Santa Missa. Pelo martírio, o homem oferece a Deus a sua vida; na Santa Missa, porém, Deus dá o seu Corpo e o seu Sangue em sacrifício para os homens”.
São Pedro Julião Eymard: “Jesus está em cada hóstia consagrada e, se esta for partida, ficará Ele todo inteiro sob cada partícula. Em vez de dividi-lo, a fração da hóstia O multiplica”.
São João Crisóstomo: “O Santíssimo Sacramento é fogo que nos inflama de modo que, retirando-nos do altar, espargimos tais chamas de amor que nos tornam terríveis ao inferno”.
São Francisco de Sales: “Duas espécies de pessoas devem comungar com frequência: os perfeitos, para se conservarem na perfeição, e os imperfeitos, para chegarem à perfeição”.
São Cirilo: “Não ponhas em dúvida se é ou não verdade, mas aceita com fé as palavras do Salvador; sendo Ele a Verdade, não mente”.
Beato João Paulo II: “Este pão é Jesus. Alimentar-nos dele significa receber a própria vida de Deus, abrindo-nos à lógica do amor e da partilha”.
Santo Afonso de Ligório: “Sem a Missa, a terra já teria sido aniquilada, há muito tempo, por causa dos pecados dos homens”.
São João Maria Vianney: “O alimento da alma é o Corpo e o Sangue de Deus!…Oh! formoso alimento! A alma não se pode alimentar senão de Deus. Só Deus pode bastar-lhe. Só Deus pode saciá-la. Fora de Deus não há nada que possa saciar-lhe a fome”.
São Lourenço: “Nenhuma língua humana pode exprimir os frutos de graças, que atrai o oferecimento do Santo Sacrifício da Missa”.
São Bernardino de Sena: “O dar-se Jesus Cristo a nós como alimento foi o último grau de amor. Deu-se a nós para unir-se totalmente conosco como se une o alimento diário com quem o toma”.
Santo Agostinho: “O Senhor Jesus queria que aqueles cujos olhos foram mantidos para reconhecê-lo, reconhecê-lo no partir do pão [Lucas 24:16,30-35]. Os fiéis sabem o que eu estou dizendo que eles conhecem a Cristo na fração do pão. Pois nem todo pão, mas apenas aquele que recebe a bênção de Cristo, TORNA-SE CORPO DE CRISTO.” (Sermões 234, 2)”
E o Concílio ???
“Pela consagração do pão e do vinho se efetua a conversão de toda a substância do pão na substância do corpo de Cristo Nosso Senhor, e de toda a substância do vinho na substância do seu sangue. Esta conversão foi com muito acerto e propriedade chamada pela Igreja Católica de TRANSUBSTANCIAÇÃO [cân. 2].” (Concílio de Trento Capítulo 4)
Cap. 4. — A Transubstanciação(Sessão XIII)
877. Uma vez, porém, que Cristo Nosso Redentor disse que aquilo que oferecia sob a espécie de pão era verdadeiramente o seu corpo (Mt 26, 26; Mc 14, 22 ss; Lc 22, 19 ss; l Cor 11, 24 ss.), sempre houve na Igreja de Deus esta mesma persuasão, que agora este santo Concilio passa a declarar: Pela consagração do pão e do vinho se efetua a conversão de toda a substância do pão na substância do corpo de Cristo Nosso Senhor, e de toda a substância do vinho na substância do seu sangue. Esta conversão foi com muito acerto e propriedade chamada pela Igreja Católica de transubstanciação [cân. 2].
Resta ao Sr.Paulo Cristiano retroceder ou fazer como fizeram alguns depois de terem ouvido as duras palavras de Jesus:
Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele.
Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos? João 6:66,67
Então Sr.Paulo Cristiano ?
Quereis vós também retirar-vos ?
E você que nos lê ? O que irá escolher ?
A Doutrina da Igreja, coluna e sustentáculo da verdade (1Tm 3,15) ou doutrinas de homens ?
Façamos como Pedro que é tão desvalorizado pelos doutores desta época:
“Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.” João 6: 68
Sobre estes mestres que condenam a doutrina católica falando do que não conhecem e seus seguidores está escrito:
“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;
E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. 2 Timóteo 4:3,4
Limitamos o debate às questões de fé e doutrina. Repudiamos ofensas, zombarias e ataques pessoais. Também não admitimos cerceamento religioso e ataques a honra e dignidade das pessoas.
Autor: A.Silva com a colaboração de V.de Carvalho – Livre divulgação mencionando-se os autores